Subiu para oito o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado. A bactéria Leptospira, causadora da doença, pode estar presente em água contaminada ou na lama, situação que se agravou após as fortes chuvas que assolaram a região a partir do dia 29 de abril. Os militares que atuaram e ainda atuam no local podem estar em risco elevado devido à exposição constante a ambientes potencialmente contaminados.
O boletim epidemiológico do Centro Estadual de Vigilância Sanitária revelou que, além das oito mortes confirmadas, outras 12 estão sob investigação, relacionadas às enchentes que atingiram o Estado. Desde o início das chuvas, foram notificados 2.548 casos suspeitos de leptospirose, com 148 deles confirmados laboratorialmente. Esses dados ressaltam a importância de medidas preventivas e de controle para evitar a disseminação da doença.
Os sintomas da leptospirose geralmente surgem entre 7 e 14 dias após o contato com a bactéria e podem incluir febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores musculares, vômitos, diarreia e olhos vermelhos. Em casos graves, a doença pode levar a complicações como meningite, insuficiência hepática e renal. Ao apresentar sintomas, é fundamental procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento. O diagnóstico pode ser confirmado por meio de exames laboratoriais, como sorologia e cultura de sangue ou urina.
Diante do cenário de enchentes e aumento de casos, é essencial que a população e os profissionais de saúde estejam em alerta. Medidas como evitar contato com águas ou lama de enchentes, uso de equipamentos de proteção por parte dos trabalhadores expostos, e a busca imediata por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas, são cruciais para controlar a disseminação da leptospirose. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul continua monitorando a situação e orientando a população sobre os riscos e medidas preventivas.
Reportagem: Comunicação ABMES / Imagem: Ascom RS